sábado, 4 de janeiro de 2014

TRECHO DE "ANTONIO SPADONI E OS CAÇADORES DE DEMÔNIOS"

"Ele aprendeu nas ruas que nem tudo o que vemos é real. Que muitas pessoas elegantes, bonitas e cheirosas carregavam em suas entranhas um ser demoníaco, pronto para destruir.
Ele sabe identificar quem é quem − demônio ou humano −, pois além do conhecimento que adquiriu, ele possui um dom especial que também o difere dos demais: o de enxergar auras.
As auras dos humanos são praticamente iguais e variam pouco em sua tonalidade, dependendo do grau emocional de cada um. As auras dos demônios são idênticas: negras como o abismo mais profundo.
Demônios estão na Terra apenas para instituir o caos e se deleitam com os prazeres mundanos, com as guerras, com o sofrimento e o terror.
O bar está próximo, num beco escuro e sujo, um local do qual a maioria dos humanos passaria longe. Por via das dúvidas, nesta noite ele se passará por demônio, e o ingresso para entrar são palavras milenares de uma língua extinta, pronunciadas ao demônio guardião do local.
Ele se aproxima cautelosamente daquele imenso ser em frente à porta de entrada. O guardião traja roupas normais, como os humanos, mas o capuz que usa e a falta de iluminação dificultam a sua identificação. Palavras são pronunciadas. O guardião apenas levanta a cabeça e deixa à mostra seus olhos luminosos. O demônio bufa como um equino, antes de empurrar a pesada porta de madeira e deixar o acesso livre para ele passar. 
Uma festa está acontecendo ali. Apesar do som alto, ainda é  possível ouvir as gargalhadas estridentes. Mesmo acostumado com ambientes assim, o seu coração parece que vai explodir dentro do peito.
Não por estar nervoso, mas sim pela ansiedade de estar logo entre eles, para matá-los − um a um."

Este é um trecho do meu e-book "Antonio Spadoni e os Caçadores de Demônios", da série "Caçadores de Demônios, que você poderá ler na íntegra fazendo o download em: www.fantastiverso.com.br/cacadores.html 

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