“12 de Setembro – A América Depois”, é um volumoso álbum que mescla crônicas, contos, charges e quadrinhos de aclamados quadrinistas, jornalistas, chargistas e escritores, não somente dos EUA, como de outras localidades do mundo, mostrando também a visão das pessoas que não estiveram especificamente no local do atentado de 11 de Setembro de 2001. A capa, assinada pelo cineasta, roteirista e ilustrador francês Enki Bilal, mostra certa semelhança ao estilo de Moebius, pseudônimo do também francês Jean Giraud. "12 de Setembro" é o trabalho mais denso que conheço sobre opiniões e diferentes visões sobre o atentado, mostrando também preocupação com o futuro dos EUA, o qual destaco o trabalho de Joe Sacco, ganhador do American Book Award de 1996, devido a sua série de reportagens em HQ agrupadas em "Palestina: na Faixa de Gaza" e "Palestina: uma nação ocupada". Em "12 de Setembro", Joe apresenta em quadrinhos o "Projeto Nostradamus", o qual um aparelho que leva o título da história, revela um moderno capacete capaz de projetar imagens de como será os EUA nos próximos 40 ou 50 anos. E através deste equipamento, eles descobrem que a PEPSI criou um partido e ganhou as eleições, colocando a sua grande logomarca no topo da Casa Branca, deixando os republicanos e democratas caírem em desuso. Neste futuro, a marca Pringles, famosa por suas deliciosas batatas fritas cheias de calorias, das quais sou viciado :), também tem o seu partido. Com certeza uma metáfora sobre o poder das grandes marcas que influenciam e geram consumo exagerado, principalmente entre os mais jovens. Destaco também o magnífico "Conto de Natal", escrito pelo romancista Jerome Charyn, escritor considerado pelo New York Newsday como o Balzac americano. O estilo de sua escrita é inigualável, difícil de encontrar hoje em dia. Nove páginas que já faz valer a leitura de todo o conjunto, não desmerecendo os outros trabalhos. Miles Hyman, artista americano nascido em Vermont, deixa a sua marca ilustrando esse belíssimo conto.
As charges, mesclam com os quadrinhos, contos e crônicas em várias das 208 páginas, deixando o trabalho divertido e diversificado na medida certa, destacando Bin Laden, usado em quase 90% delas.
Passei quase vinte dias lendo "12 de Setembro", pois gosto de ler calmamente, observando todos os detalhes das ilustrações e refletindo sobre o que está sendo passado. Um trabalho que certamente ocupará as primeiras posições entre as melhores HQs das quais li em 2011.
A obra é organizada pelos jornalistas da Radio France, Pascoal Delannoy e Jean Christophe Ogier, e é composta por vários colaboradores, destacando o já citado Joe Sacco e Jerome Charyn, além de Art Spiegelman, único quadrinista a receber um prêmio Pulitzer, pelo livro Maus (Cia. Das Letras).
As charges, mesclam com os quadrinhos, contos e crônicas em várias das 208 páginas, deixando o trabalho divertido e diversificado na medida certa, destacando Bin Laden, usado em quase 90% delas.
Passei quase vinte dias lendo "12 de Setembro", pois gosto de ler calmamente, observando todos os detalhes das ilustrações e refletindo sobre o que está sendo passado. Um trabalho que certamente ocupará as primeiras posições entre as melhores HQs das quais li em 2011.
A obra é organizada pelos jornalistas da Radio France, Pascoal Delannoy e Jean Christophe Ogier, e é composta por vários colaboradores, destacando o já citado Joe Sacco e Jerome Charyn, além de Art Spiegelman, único quadrinista a receber um prêmio Pulitzer, pelo livro Maus (Cia. Das Letras).
Título: 12 de Setembro
Ano: 2011
Páginas: 208
Editora: Record, selo Galera Record
@ademirpascale
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